...mais do mesmo. É inevitável. É um ciclo que se repete, é um reajustamento de expectativas, de possiblidades, de recalibrar a inteligência com a realidade, depois de passada a nuvem da euforia, da irracionalidade, da negligência e da ambição sem fronteiras (leia-se: passar por cima dos outros se for preciso).
Mas, no meio de tanta crise, há ousadias que saem caras, em que o reajustamento pode levar a consequências bem mais sérias ainda, como por exemplo um golpe de Estado.
Penso que a regra número um é tratar todos com respeito, e do ponto de vista estratégico na luta contra o défice e outras coisas que nós nem sabemos, parece que não é lá muito boa ideia retirar aos que lutam por nós a sua dignidade. (Desculpem a ironia, o caso é sério)
E quando digo "lutam", é na verdadeira acepção da palavra. Os militares têm poder de fogo. E quando usam o poder da palavra para lembrar, ainda que de forma mais ou menos velada, que têm poder de fogo, é porque algo está mesmo MUITO MAL.
O General Loureiro dos Santos, antigo chefe do Estado-maior do Exército disse na TSF que havia já uma situação que podia levar a alguns "disparates" com implicações nacionais e internacionais, confirmada pelo presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, e pelo presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas, Alpedrinha Pires.
Eu ainda não tenho idade que me permita dizer que já vi de tudo no que respeita a governos, mas este parece-me estar a cometer aqui um erro básico e uma injustiça, que pode custar caro à estabilidade da democracia... eles civilizadamente, e bem, alertaram para a situação.
Update: parece que o aviso original já é do último sábado.
30 de outubro de 2008
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