Olá, Meireles. Lembrando-me da dívida para contigo, vim teclar um bocadinho.
Se 'isto' tem que se lhe diga, vamos a 'isto', então, embora eu de início não lhe tenha dado relevo.
O que eu acho mesmo é que cada um deve viver a sua vida, incluindo a sua sexualidade, da maneira que entender, desde que não cause dano a ninguém. E se duas pessoas concordarem em estranhas brincadeiras de causar moça mutuamente será com elas! Se ficarem, depois disso, ou no entretanto, na fossa, sozinhas ou pior... terão sido elas a escolher! Rezar?! E continuar a rezar? Porque a coisa deu para o torto e se quer ter mais?! É essa a mensagem ou estou enganada? E quando digo rezar posso querer significar implorar, arrastar a asa indefinidadmente, escravizar-se por, perder a dignidade em função dos favores ou "amores" de outra pessoa. Não, isso não defendo, antes pelo contrário. Há que manter a dignidade e isso começa por estudar o leque de possibilidades de consequências dos nossos actos - para fazermos só aquilo que sabemos ir aguentar, se a coisa der para o torto!
A minha ideia era esta: no dia seguinte às peregrinações relembrar que há pessoas que só se lembram da religião quando estão em apertos. Nessas alturas lembram-se de rezar, de ir pela estrada, de joelhos no santuário, fazer promessas, acender velas, depositar dinheiro, acenar lenços.
Depois voltam para casa e, por entre outras coisas que possam fazer, incluindo ou não as do vídeo, esquecem-se de que não é preciso ser religioso para ter moral, e que ser religioso praticante ou não, não lhes confere o pacote 2-em-1 religião + moral.
Era portanto dirigido a todos os beatos e beatas falsas que existem por este mundo. No dia seguinte, sejam coerentes, continuem a rezar. Ou deixem de o fazer quando estão aflitos.
Não me recordo da última vez que alguém disse que Deus era uma espécie de banco, a que só vai quem precisa, e quando precisa. "Olha, eu neste momento estou enrascado/a, de vez em quando falo contigo durante breves minutos quando transacciono na caixa multibanco (e nem me porto especialmente bem), mas hoje é a sério, tenho de vir ao balcão. Preciso de um favor. Fazes ? Depois venho cá pagar com juros, pode ser? Obrigado."
O feitio da dupla personalidade esquizofrénica. Dupla imbatível na face visível da alma que anima o corpo e ao mesmo tempo tão falível.
Um e outro degladiam-se entre si na ânsia de partilhar um mundo e a paranóia do receio em dar outro a conhecer.
Entre o bom e o risível; o útil e o fútil; o pensamento e o impulso; a visão e o seguidismo; o sentimento, a mania da perfeição, da acção, do ímpeto de mudar, e a insensibilidade, o langor e a frouxidão.
O que é de cada e o que cada acha que não é seu ou não deveria ser; o real e o pensamento lateral.
Mas afinal quem é o Aníbal Meireles ?
O Aníbal Meireles é um personagem. Em homenagem ao funcionário n.º 229 dos Caminhos de Ferro do Porto, de um brilhante sketch dos Gato Fedorento.
O Aníbal convive no mesmo corpo com o primeiro-ministro e ainda outras personagens. Tal como ali, também pela blogosfera aparecerão outras personagens.
7 comentários:
E agora... pronto. Está ouvido. "Keep on Praying" é que não...
Explica-te lá rapariga que não sei se te percebi bem. Sabes que isto tem que se lhe diga ;)
Olá, Meireles.
Lembrando-me da dívida para contigo, vim teclar um bocadinho.
Se 'isto' tem que se lhe diga, vamos a 'isto', então, embora eu de início não lhe tenha dado relevo.
O que eu acho mesmo é que cada um deve viver a sua vida, incluindo a sua sexualidade, da maneira que entender, desde que não cause dano a ninguém. E se duas pessoas concordarem em estranhas brincadeiras de causar moça mutuamente será com elas! Se ficarem, depois disso, ou no entretanto, na fossa, sozinhas ou pior... terão sido elas a escolher!
Rezar?! E continuar a rezar? Porque a coisa deu para o torto e se quer ter mais?! É essa a mensagem ou estou enganada?
E quando digo rezar posso querer significar implorar, arrastar a asa indefinidadmente, escravizar-se por, perder a dignidade em função dos favores ou "amores" de outra pessoa.
Não, isso não defendo, antes pelo contrário. Há que manter a dignidade e isso começa por estudar o leque de possibilidades de consequências dos nossos actos - para fazermos só aquilo que sabemos ir aguentar, se a coisa der para o torto!
É uma leitura possível. A ideia era outra, e já agora saber se o teu comentário se estendia à música.
A ideia era outra? Não será de admirar, pois somos dois. Poderás revelar a tua? Eu gostava de conhecê-la - já agora!
Quanto à música em si, gosto francamente.
beijo
A minha ideia era esta: no dia seguinte às peregrinações relembrar que há pessoas que só se lembram da religião quando estão em apertos. Nessas alturas lembram-se de rezar, de ir pela estrada, de joelhos no santuário, fazer promessas, acender velas, depositar dinheiro, acenar lenços.
Depois voltam para casa e, por entre outras coisas que possam fazer, incluindo ou não as do vídeo, esquecem-se de que não é preciso ser religioso para ter moral, e que ser religioso praticante ou não, não lhes confere o pacote 2-em-1 religião + moral.
Era portanto dirigido a todos os beatos e beatas falsas que existem por este mundo. No dia seguinte, sejam coerentes, continuem a rezar. Ou deixem de o fazer quando estão aflitos.
Não me recordo da última vez que alguém disse que Deus era uma espécie de banco, a que só vai quem precisa, e quando precisa. "Olha, eu neste momento estou enrascado/a, de vez em quando falo contigo durante breves minutos quando transacciono na caixa multibanco (e nem me porto especialmente bem), mas hoje é a sério, tenho de vir ao balcão. Preciso de um favor. Fazes ? Depois venho cá pagar com juros, pode ser? Obrigado."
Tens piada, rapaz.
E eu tenho de concordar contigo!
Um beijo
(sem reza)
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