30 de julho de 2009

Notas do meu dossiê - parte 3

I see a purple cloud floating above me
As I wander through this god's maze

And try to decipher if the cloud's gonna rain...

Is this just a craze ?


I take a stroll in my dreams

To the cloud that turned green

Bright sunny day, blue sky, warm feel

Watch the cloud, what a dream to steal...


I'm awake




Contexto em que foi escrito:

Este pequeno poema tem a particularidade de ter sido escrito em tempo real, sem qualquer alteração e sem ter sido previamente pensado, durante uma relativamente inspirada conversa de IRC (Internet Relay Chat, um sistema percursor do Messenger), quando eu tinha 18 anos.

6 comentários:

Lady Godiva disse...

Por acaso, essa "dica" do 'contexto real' em que surgiu o teu poema é algo de interessante, por ser um contexto não solitário... É que eu sou mais solitária nos momentos de inspiração deste tipo. E, claro, tenho tendência a estabelecer alguma comparação entre modos de fazer (ou de ser...).

Muito vivido aos 18 anos, sr. Aníbal!

Clarice disse...

Gostei muito, muito e muito! E tudo que é dito em tempo real tem outro sabor.. e isso dos 18 anos é só um detalhe...

Podes publicar mais?:)

Guida Palhota disse...

Gostei de te ver vaguear por dentro do teu sonho acordado, assistindo à progressão das sensações, desde a desorientação provocada pela paixão, naturalmente púrpurea, até à calma autoanálise do universo onírico, a qual te permitiu alguma racionalidade - manifestada na percepção de variáveis objectivas e de sentido positivo (o céu brilhante, o céu azul, o calor...).
Talvez tivesses preferido (?) estar a dormir. Porque talvez, desse modo, fosse mais fácil alongar a doce irracionalidade do sonho, até ao roubo efectivo da apetecida nuvem...

Guida Palhota disse...

Errata:
Onde lê 'púrpurea' deve ler-se 'purpúrea' - naturalmente.

beijo

(Olha uma errata com beijo! lol)

Guida Palhota disse...

Meireles:
Estou desconfiada de que enveredaste por um caminho novo, que, embora já visitado, não fazia o teu estilo...
Agora ficas a ver-nos passar?!...

Aníbal Meireles disse...

Margarida, não fico nada! Eis-me aqui regressado!

Lady:

Este poema foi um one-off. Nunca mais escrevi nada em tempo real. Coisas que me tenham saído logo à primeira não. Talvez coisas que tenham saído passado poucas linhas corrigidas, sim, agora escrever tal e qual, de inspiração, foi um momento único. Tão único que nunca mais me esqueci dele. De resto também sou solitário, embora te confesse, adorei escrever este e se pudesse repetia; é um verdadeiro desafio. Escrever na solidão é engraçado, é um jogo connosco mesmos, mas em que últiuma análise somos nós que acabmos por ditar esta ou aquela alteração e não a nossa inspiração. Assim de repente, com alguém do outro lado, sentimo-nos ainda mais vivos e a pulsar!

Quanto ao muito vivido, achas ? Provavelmente numas coisas sim, noutras não. (Acho eu)

Clarice, obrigado :D

Vamos ver se ainda consigo publicar algo mais que seja.. publicável! ;D


Margarida: muito obrigado pela interpretação! Sabes, como isto foi em tempo real, não foi precedido da reflexão que lhe confere significados ocultos. Quer dizer, sim e não. A tua interpretação é o revelar de coisas que realmente lá estão, mas nas quais eu nunca tinha pensado dessa forma. Por outro lado, o poema está carregado de imagens e significados ocultos que só eu e a destinatária percebíamos.

Post Scriptum: Olha que uma errata com beijo é de apreciar e saborear (a errata e o beijo! hehehe)