14 de fevereiro de 2010

António Costa não quer substituir o PM

Segundo o DN, António Costa diz que ""está absolutamente fora de causa" abandonar a Câmara de Lisboa para exercer funções governamentais."

Segundo o diário, António Costa diz que ""Em primeiro lugar, não é necessário substituir o chefe do governo. Em segundo lugar, estou impossibilitado de o fazer porque tenho um compromisso com a cidade", disse António Costa aos jornalistas quando confrontado com a possibilidade de assumir o lugar de Sócrates."

Será que estes políticos não aprendem que não se deve dizer "nunca" ? Reparem ali ao lado, Paulo Rangel que dizia no dia 29 de Outubro que não, categoricamente, e agora é candidato à liderança do PSD.

Na política tudo muda e umas nuances fundamentais nas perguntas dos jornalistas talvez surtissem pelo menos um desconforto no Dr. António Costa para dar a resposta que interessa de modo frontal - sugiro que se pergunte ao Dr. António Costa se está disposto a avançar para a liderança do PS em caso de dissolução da Assembleia da República e consequentemente "candidatar-se" a PM., em novas eleições. Não foi ele que hoje, na mesma ocasião já sugeriu que a oposição apresente uma moção de censura ? Afinal, nas palavras dele não é necessário substituir o chefe do governo... talvez seja é preciso substituir o governo todo, mediante eleições que legitime quem se seguir a José Sócrates.

Vamos lá ter juízo, todos sabemos que ninguém quer pegar num governo sem maioria absoluta no pântano (outra vez) em que estamos, habilitando-se a ficar com a imagem desgastada e sem levar para casa qualquer mérito por ter aguentado o barco (se é que é possivel fazê-lo).

Ninguém quer ter a ingrata tarefa de ser o Santana Lopes, versão 2.0. Só eleições em Maio resolvem este problema. E Santana Lopes, parecendo que não, tinha uma maioria absoluta parlamentar, com a coligação com o CDS; este PS nem isso tem a seu favor. E claro, o PSD/CDS de então caiu por muito menos, e não vai ser a conjuntura difícil que vivemos que vai impedir as eleições; porque se mal estamos, pior vamos ficar se nada se fizer e continuarmos com o clima político insuportável a médio prazo em que a oposição é que governa, portanto, dos dois males, venha o menos mau, que possibilite a mudança para melhor.

Se os pequenos partidos, que conseguiram um excelente acréscimo no número de deputados não estiverem dispostos a irem a eleições com medo de os perder, só mostram o quão egoístas são e o quanto desprezam o povo que representam. Vai ser interessante observar qual vai ser a saída prática para tudo isto.

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